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POLÍTICA

Polícia Federal indicia André Janones por rachadinha em seu gabinete


Foto: Reprodução Redes Sociais/André Janones

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (12/09) o deputado federal André Janones (Avante-MG) por suposta participação em um esquema de "rachadinha" em seu gabinete. O parlamentar negou as irregularidades quando as denúncias vieram à tona.

A prática de "rachadinha", que envolve a devolução de parte dos salários de assessores a políticos, está sendo investigada após a denúncia de ex-funcionários que afirmam ter sido pressionados a entregar parte de seus vencimentos.

Os indiciamentos feitos pela PF são pelos crimes de associação criminosa, peculato e corrupção passiva. O caso agora segue para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que decide se denuncia ou não Janones.

Segundo o indiciamento da PF, o patrimônio de Janones cresceu de forma desproporcional durante o período investigado, o que justifica a abertura de uma apuração.

"Os dados fiscais também não deixam dúvidas no que concerne ao exaurimento do crime de corrupção passiva. Por meio deles, a equipe investigativa se deparou com uma variação patrimonial "a descoberto" do parlamentar, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente de R$ 64.414,12 e R$ 86.118,06", afirmou o relatório da PF.

A Polícia Federal diz ainda que Janones é "o eixo central" da associação criminosa que se aproveitou do dinheiro das rachadinhas.

"O deputado federal André Janones é o eixo central em torno do qual toda a engrenagem criminosa gira. A investigação expôs a ilicitude de seus atos em todas as etapas, desde o início até o desfecho", completa a PF no indiciamento.

Janones é investigado por suspeita de envolvimento em esquema de "rachadinha", onde parte da remuneração dos assessores parlamentares seria apropriada por ele. A denúncia surgiu a partir de um áudio de 2019, no qual Janones instrui seus assessores a devolverem uma parte de seus salários para ajudá-lo a cobrir prejuízos financeiros alegadamente incorridos em 2016, após sua derrota na eleição para a prefeitura de Ituiutaba, em Minas Gerais.

"Tem algumas pessoas aqui que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas quando a minha campanha de prefeito deu um prejuízo de R$ 675 mil, na campanha. Elas vão ganhar a mais pra isso", diz o parlamentar na gravação.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, e o ministro do STF Luiz Fux abriu, em dezembro passado, um inquérito para apurar a conduta do parlamentar.






























Gazeta Brasil

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