Deputados federais criticaram nesta sexta-feira (25/10) o anúncio da injeção de R$ 110 milhões em uma novela a ser produzida na TV Brasil com atores e atrizes petistas, que apoiaram sua candidatura em 2022. Será o mais cachê direto ou indireto já pago até hoje, segundo denunciam parlamentares de oposição.
Para os oposicionistas, a verba exorbitante usada para transmitir a novela na TV estatal não contribui em nada para as necessidades reais do Brasil e são um exemplo claro de desperdício de dinheiro público.
A TV Brasil anunciou a produção de sua primeira novela, com Antonia Pellegrino, diretora de Conteúdo e Programação, apresentando a novidade no Encontro de Ideias Audiovisuais da Mostra de Cinema de São Paulo.
A produção resulta de uma parceria entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), que buscam retomar projetos vetados durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que priorizou a compra de conteúdos de terceiros com o objetivo de reduzir gastos.
A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) afirmou que a ação se trata de farra com o dinheiro público.
"O governo Lula tem a coragem de investir milhões em entretenimento enquanto brasileiros lutam para pôr comida, arroz e feijão, na mesa e o sistema de saúde segue sem recursos a míngua. Esse é o tipo de prioridade do PT: agradar seus aliados com o uso do dinheiro público, esquecendo do coletivo, em vez de destinar recursos ao que realmente importa para mudar a vida dos brasileiros", criticou.
O deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) classificou a gastança como uma afronta à população.
"É inaceitável que o governo gaste R$ 110 milhões em uma novela em plena crise. Enquanto as escolas, hospitais e a segurança pública sofrem com falta de recursos, o governo decide investir em um projeto que serve apenas para promover sua ideologia e manter seu controle sobre a narrativa", declarou.
As informações são do Diário do Poder.