O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), junto com mais 11 organizações de esquerda, manifestou apoio ao ditador venezuelano Nicolás Maduro após sua "vitória" nas eleições presidenciais realizadas no último final de semana.
Em uma postagem nas redes sociais, o MST elogiou o que descreveu como a "resistência" do povo venezuelano contra o imperialismo e a adesão a um "projeto popular de condução do país".
"Parabenizamos a resistência do povo venezuelano, que reafirma nesta eleição histórica a decisão de continuar avançando com um projeto popular de condução do país baseado na solidariedade, organização e desenvolvimento nacional, alinhado ao legado da Revolução Bolivariana", declarou o movimento.
Além disso, o MST aproveitou a ocasião para lembrar o "aniversário de 70 anos de [Hugo] Chávez", destacando que a vitória de Maduro "também simboliza a continuidade e relevância da luta dos povos da América Latina contra o imperialismo".
O resultado das eleições, no entanto, tem sido alvo de fortes críticas. A oposição na Venezuela alega fraude, enquanto vários países expressam ceticismo sobre a legitimidade do processo eleitoral. Em resposta ao resultado preliminar, o governo brasileiro, representado pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, adotou uma postura de cautela. Amorim, um conhecido aliado do governo chavista, indicou que o Brasil aguarda a análise das atas eleitorais antes de reconhecer oficialmente a vitória de Maduro. O diplomata também afirmou que não endossará alegações de fraude, caracterizando a situação como "complexa" e destacando a necessidade de apoiar a normalização da política venezuelana.