BRASIL EM CHAMAS

Com quase 135 mil focos de incêndio até novembro, número de queimadas na Amazônia é o maior em quase duas décadas

Por sou curitiba

04/12/2024 às 17:42:11 - Atualizado há
Foto: Reprodução/X @FlavioBolsonaro (Meramente ilustrativa)

Nos 11 primeiros meses de 2024, sob o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os focos de incêndio na Amazônia aumentaram 43,7% em relação ao mesmo período de 2023, com 134.979 registros até 30 de novembro. Em 2023, foram 93.938 focos no mesmo intervalo.

O recorde histórico continua sendo de 2007, quando 181 mil focos foram registrados, segundo dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em novembro de 2024, houve 14.158 focos de incêndio na Amazônia, número 1,5% maior do que os 13.940 registrados no mesmo mês do ano anterior e 46,2% acima da média para o período entre 2019 e 2023, que é de 9.679 focos.

A diretora de Estratégia do WWF-Brasil, Mariana Napolitano, atribui a seca extrema enfrentada pela Amazônia desde 2023 à combinação de um El Niño intenso, mudanças climáticas e o desmatamento acumulado.

Segundo ela, o desmatamento intensifica a crise climática, agravando o regime irregular de chuvas, as secas históricas, as ondas de calor extremas e as enchentes. Essa degradação ambiental, somada ao aquecimento global, cria um cenário propício ao uso criminoso do fogo para conversão da floresta.

O Cerrado e o Pantanal também apresentaram aumentos expressivos nos focos de incêndio:

  • No Cerrado, foram registrados 79.599 focos até 30 de novembro, um aumento de 64,2% em comparação a 2023, sendo o maior número para o período desde 2012, quando mais de 88 mil focos foram registrados.
  • No Pantanal, o crescimento foi de 139%, com 14.483 focos detectados até o fim de novembro, ante 6.067 em 2023.

Daniel Silva, especialista em conservação do WWF-Brasil, destacou que os biomas brasileiros estão interligados. Ele explicou que a conversão e o desmatamento do Cerrado afetam a Amazônia e o Pantanal, comprometendo a disponibilidade hídrica em outros ecossistemas e contribuindo para secas, incêndios e ondas de calor.

Para ele, é fundamental implementar políticas consistentes para proteger diferentes áreas do país, sendo o combate ao desmatamento uma prioridade para mitigar os impactos da crise climática.


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Fonte: Gazeta Brasil
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