Na quarta-feira (31/07), o "presidente" da Venezuela, Nicolás Maduro, teve uma reunião reservada com ministros do Tribunal Supremo de Justiça, similar ao STF (Supremo Tribunal Federal) no Brasil. O objetivo da reunião não foi divulgado.
Após o encontro, Maduro fez um pronunciamento à imprensa internacional alegando ser alvo de uma tentativa de golpe.
Nicolás Maduro afirmou que o governo já possui todas as atas eleitorais e prometeu divulgá-las em breve, embora não tenha especificado uma data exata.
Maduro criticou os Estados Unidos e chamou as manifestações que ocorreram após as eleições de "criminosas". "Deus está conosco, e as provas desse complô global já surgiram", declarou ele.
Desde o último domingo, a oposição tem contestado o resultado das eleições, alegando fraude na vitória de Maduro. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) proclamou Maduro vencedor com 5,15 milhões de votos (51,2%) após apuração de 80% das urnas. Seu principal adversário, González Urrutia, obteve 4,45 milhões de votos (44,2%). A ausência de divulgação das atas gerou dúvidas internacionais sobre a legitimidade do resultado.