A oposição ao ditador socialista Nicolás Maduro, liderada por María Corina Machado, autoproclamou o ex-diplomata Edmundo González como o novo presidente da Venezuela, em meio às incertezas que cercam as eleições realizadas em 28 de julho.
A medida foi anunciada através de um comunicado divulgado na tarde desta segunda-feira (05/08).
"Nós ganhamos essa eleição sem discussão alguma. Foi uma avalanche eleitoral, cheia de energia e com uma organização cidadã admirável, pacífica, democrática e com resultados irreversíveis", disse a nota assinada por Machado e González.
"Agora cabe a todos nós respeitar a voz do povo. A proclamação de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República procede imediatamente", continua.
Desde a divulgação da vitória de Maduro, a coalizão de oposição tem contestado a reeleição do líder chavista, pedindo que a comunidade internacional reconheça Edmundo González como o presidente eleito da Venezuela.
De acordo com dados divulgados pela campanha de González, o ex-diplomata venceu Maduro por mais de 3,9 milhões de votos. Esses números, provenientes das atas eleitorais obtidas pela coalizão de oposição, representam 81,70% dos registros até o momento.
Por outro lado, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país reafirmou a vitória de Maduro na última sexta-feira com 51,95% dos votos válidos.
O órgão, controlado por autoridades chavistas pró-Maduro, ainda não apresentou as atas eleitorais.
Maduro atribuiu a demora na divulgação dos registros, que poderiam esclarecer as dúvidas da oposição e da comunidade internacional, a um suposto ataque hacker contra o CNE.