Uma operação policial realizada nesta quinta-feira (10/10) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, envolvendo servidores e funcionários terceirizados do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os detidos está o eletricista Douglas Ramos da Silva, apontado como intermediário entre fornecedores e usuários. Silva mantinha um caderno com nomes e registros de pagamentos, encontrado em uma ação policial em setembro do ano passado, quando foi preso.
A operação, coordenada pela 5ª Delegacia de Polícia (DP), teve como objetivo capturar os principais fornecedores de drogas após um ano de investigações. As transações entre traficantes e clientes eram realizadas via WhatsApp, facilitando a logística do grupo. Durante as investigações, foram identificados quatro principais alvos envolvidos na distribuição de drogas, que atendiam clientes, incluindo servidores de órgãos públicos. A operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão em áreas como Samambaia, Ceilândia e Águas Lindas (GO).
Entre os nomes encontrados no caderno de Silva estavam apelidos de clientes como "Batata", "Mijão" e "Minhoquinha". A operação mobilizou cerca de 50 policiais, incluindo a Divisão de Operações Especiais (DOE) e cães farejadores. A lista foi divulgada inicialmente pelo portal Metrópoles.
Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico, podendo enfrentar penas de 5 a 15 anos de prisão.
Posicionamento do STF:
Em nota, o STF informou que as investigações envolvem transações ocorridas em um estacionamento próximo ao Tribunal, mas que o local não pertence à Corte. A administração do STF já tentou, sem sucesso, regularizar o espaço com o IPHAN para facilitar o controle do local. O Supremo reforçou que não há evidências de envolvimento de servidores do Tribunal nos crimes investigados, e que colabora com as autoridades fornecendo as informações solicitadas.