Um dos presos nesta quarta-feira (22/03) por envolvimento no plano para assassinar o senador Sérgio Moro (União-PR) foi solto em 2020 por decisão do então ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, hoje aposentado do cargo.
Valter Lima Nascimento, conhecido como Guinho, foi preso por tráfico de drogas. O crime ocorreu em 2014 e envolvia o transporte de 400 quilos de cocaína. Em 2016, o criminoso foi condenado em primeira instância a 20 anos e 5 meses de prisão em regime fechado.
A Justiça determinou que o Guinho não poderia recorrer da sentença em liberdade e determinou a prisão provisória. A defesa recorreu e, em 2018, Marco Aurélio soltou o bandido. A decisão do ministro foi derrubada na Primeira Turma do Supremo.
Após derrotas na segunda instância da Justiça paulista, o caso voltou ao STF. A defesa alegou que o criminoso estava com a saúde "debilitada" por causa de uma hérnia de disco, além do risco de contrair Covid-19. Os advogados ainda alegaram que Guinho era réu primário, tinha residência fixa e trabalhava. Foi o suficiente para que Marco Aurélio soltasse o criminoso pela segunda vez.
Guinho é um dos principais nomes do PCC e apontado como elo entre traficantes da América Latina e a facção, sendo um dos traficantes mais procurados pela polícia de São Paulo.