No início deste ano, o petista garantiu que seria possível alcançar "um déficit menor de 1% do PIB"
Em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (22/12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o rombo primário das contas públicas em 2023, sem contar o pagamento de precatórios, ficará em torno de R$ 130 bilhões.
O rombo apresentado pelo ministro petista equivale a 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto), que mede o tamanho da economia de um país.
No início deste ano, Haddad garantiu que seria possível alcançar "um déficit menor de 1% do PIB".
Porém, na prática, o rombo primário deve ser ainda maior. Na quarta-feira (20/12), o Governo Lula implementou uma MP que abre crédito de R$ 93,1 bilhões para pagar esses precatórios, o que está fora do cálculo apresentado por Haddad.
Haddad também prometeu divulgar novas medidas, sem entrar em detalhes, na próxima semana, para tentar cumprir a meta de zerar a dívida de 2024.
"É importante a Fazenda continuar perseguindo a meta de equilíbrio fiscal, que é o que nós faremos no ano que vem, à luz dos acontecimentos. Vamos avaliar a situação e vamos buscar essa meta", disse o petista.
As regras fiscais propostas pelo Governo Lula prometiam déficit de 0,5% neste ano e de 0% em 2024.
Para 2025 e 2026, haverá saldos positivo respectivamente de 0,5% e 1%.