O grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza e está em conflito armado com Israel, agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o petista fazer uma polêmica comparação entre os ataques israelenses na Faixa de Gaza e o Holocausto perpetrado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Com isso, as tensões entre grupos palestinos e Israel atingiram um novo patamar.
A declaração de Lula ocorreu durante uma entrevista coletiva após sua participação na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia.
Em comunicado divulgado em canais do Hamas no aplicativo Telegram neste domingo (18/02), o grupo afirmou: "Nós, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), agradecemos a declaração do presidente brasileiro Lula da Silva, por descrever aquilo a que o nosso povo palestino tem sofrido na Faixa de Gaza como um Holocausto. Os acontecimento na Faixa de Gaza são como o que o líder nazista Hitler fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial".
"Pedimos à Corte Internacional de Justiça que leve em conta o que o presidente brasileiro disse sobre as coisas ruins que estão acontecendo com os palestinos por causa do exército de ocupação e dos colonos. Isso é algo muito sério e nunca visto antes na história recente", disse o grupo terrorista.
A declaração de Lula gerou forte reação por parte de Israel e de diversos setores da comunidade internacional.
Representantes políticos e organizações condenaram veementemente o discurso do líder petista brasileiro, argumentando que a comparação foi inadequada e insensível.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel emitiu uma nota oficial repudiando as declarações de Lula, classificando-as como "equivocadas e inaceitáveis".
O comunicado destacou que as ações defensivas de Israel têm como objetivo proteger seus cidadãos contra ataques terroristas do Hamas e outros grupos extremistas.
Além disso, a embaixada de Israel no Brasil também se manifestou, expressando "consternação e repúdio" às declarações de Lula.
O embaixador israelense afirmou que as comparações feitas pelo ex-presidente são "injustas e irresponsáveis" e minimizam a magnitude do Holocausto, um dos episódios mais sombrios da história da humanidade.
Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha de perto o aumento das tensões entre Israel e grupos palestinos, temendo uma escalada ainda maior de violência na região.
A declaração de Lula reacendeu o debate sobre o conflito no Oriente Médio e levantou questões sobre o papel do Brasil na busca por uma solução pacífica para o conflito.