Em desacordo com a recomendação do governo Lula de evitar comemorações oficiais do 31 de março de 1964, o Clube Militar anuncia um almoço para celebrar os "60 anos do Movimento Democrático", termo usado para se referir ao golpe militar.
O evento, marcado para o dia 27 de março na sede do clube no Jardim Botânico no Rio de Janeiro, terá um custo de R$ 95 por pessoa.
A iniciativa ignora a orientação do Ministério da Defesa do governo Lula, que, em 2023, pediu que as comemorações oficiais do 31 de março fossem suspensas, reconhecendo o período como "um momento de ruptura democrática".
A discordância entre o Clube Militar e o Ministério da Defesa chama atenção para a possível insatisfação dos militares com a atual estrutura de poder, na qual o comandante do Exército está subordinado ao Ministro da Defesa, geralmente um civil.
O convite para o almoço, publicado no site do Clube Militar, destaca a frase do então Ministro do Exército, General Ex Gleuber Vieira, em 1999: "A História que não se Apaga e nem se Reescreve!".
A menção a um ex-ministro do Exército sugere uma insatisfação com a atual fase dos militares, em que o comandante do Exército é subordinado ao Ministro da Defesa, geralmente um civil, diferentemente de quando o Exército tinha em seu comando um general de quatro estrelas.
As informações são da Revista Sociedade Militar.