A Câmara Municipal de São Paulo rejeitou, nesta quarta-feira (03/04), o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, das ONGs da Cracolândia. A figura central da CPI seria o Padre Júlio Lancelotti, que trabalhou nas ONGs durante anos e enfrentou denúncias de abuso sexual. A rejeição da abertura da CPI ocorre mais de dois meses após os peritos Reginaldo Tirotti e Jaqueline Tirotti confirmarem a veracidade das cenas que mostram o Padre Júlio Lancelotti se masturbando para um menor de idade.
Durante a sessão desta quarta-feira, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) e autor do pedido de abertura da CPI, criticou os parlamentares que rejeitaram investigar as denúncias contra o pároco. Ele declarou: "Esta casa está de joelhos para um lacaio do diabo, que dentro da sacristia abusou de vulneráveis, usuários de drogas e coroinhas", referindo-se aos supostos crimes cometidos por Lancelotti.
O jornalista Cristiano Gomes, que revelou os abusos que teria sofrido de Júlio Lancelotti, esteve na Câmara de São Paulo para acompanhar a sessão. Até o momento, a Arquidiocese de São Paulo não se manifestou sobre o caso. Pelo menos três pessoas prestaram depoimentos à autoridade católica a fim de expor os supostos abusos cometidos pelo padre. Paralelamente, a denúncia segue no Ministério Público de São Paulo.
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